Há tempos não a via. E para quem nunca passou um só dia sem nela pensar, meses parecem anos de profundo suplício.
Bem sabia que este dia, em que deveria possuir a força que nunca teve para enfrentá-lo, chegaria, e com ele também a vontade martirizadora de refazer aqueles tantos momentos responsáveis por sua morte em vida. O que mais quisera desde sua incicatrizante separação era acreditar que todos os erros no amor são reversíveis, em especial os seus muitos.
Vivia de sonho; a realidade lhe era pesadelo. Por um bom tempo tentou conformar-se de que a esqueceria no mudar da estação, acreditando veemente de que não ver, no mundo real, aquele semblante que via todos os dias em seus sonhos, seria a melhor opção. Imaginou conseguir aceitar ou conviver melhor com seus castigos.
Mas não adiantou. E eis que em um desses improváveis dias de terça ou segunda-feira, ele a avistara. Era-lhe seu reflexo de céu. Mesmo sendo a tarde quente e ensolarada, dessas que se espera que o sol se vá com mais pressa, para dar lugar à lua com seu clima ameno, a ele era o momento mais perfeito, em que esteve disposto a dar qualquer coisa para apenas congelar aquele instante quente, em todas suas conotações.
Antes de remoer seus erros e pensar nas aparentes injustiças da vida, queria entender o que lhe parecia impossível: como ela conseguira estar ainda mais bonita, pois antes, já lhe parecia perfeita. Seus cabelos soltos e cheios de vida eram consoantes ao seu estado de espírito. Aflito, tentou arrancar com a força de seu pensamento os óculos escuros que ela usava, para que ter a certeza de que veria seu olhar de profundo desespero e ler o subentendido "eu ainda te amo".
Os óculos serviram de álibi à moça, pois em sua passagem repleta de poder, com cabeça erguida e postura que só tem os que acordam com motivos para sorrir, conseguiu deixar seu ex-amor com a pior das aflições: a de nunca saber. O disfarce de seus sentimentos foi perfeitamente encoberto pelas lentes pretas, assim como seus passos firmes e acelerados: fuga ou repulsa. Talvez os dois, ou simplesmente nada. Coisas que ele nunca irá saber.
As eternas marcas do fim trágico de um longo romance, que já havia atravessado com força e brilho dezenas de estações, não resistiu aos gelados e castigantes ventos que desobedeciam as inúmeras boas previsões daquela estação. No calendário, era data para início da primavera, mas a incomum temperatura naquele relacionamento não permitiu espaço à florida, doce e tão esperada primavera, que nunca mais germinaria. Veio ao fim, como um inverno rigoroso, que congelou para sempre o coração carregado de culpa do jovem.
Patrícia Klein- Singularidades
domingo, 29 de dezembro de 2013
domingo, 17 de novembro de 2013
O mito de "Eduardo e Mônica"
Que a encantadora e apaixonante a música narrada por Renato Russo, contando a história do simpático casal Eduardo e Mônica, de mundos completamente opostos, nos faz refletir muito sobre relacionamentos e instiga a imaginar que a tão procurada "pessoa certa" pode estar nos mais diferentes perfis, sendo possível, inclusive, uma jornalista romântica apaixonar-se por seu oposto, é fato incontestável.
Mas esta mesma música que embalou nossa adolescência, hoje me é utopia florida, irreal.
Fruto da mesma ideologia do casamento de nosso querido casal, tem-se a conhecida frase "os apostos se atraem". Tudo bem, até podem, mas não conviveriam com a mesma harmonia como aqueles que compartilham dos mesmos gostos, que sentem prazer em viver, estar e ir aos mesmos lugares. Que possuem maneiras semelhantes de enxergar e viver a vida.
Precisamos de quem nos entenda, e para o real entendimento, a lógica é simples: ter uma vivência semelhante a da pessoa. E é exatamente na simplicidade cotidiana que surgem os sinais de que essa tal pessoa, que para muitos, de tão procurada é quase uma foragida, aparece na sua vida, em lugares talvez nunca imaginados.
Daquela conversa informal, que inicialmente ocorre apenas para passar o tempo, que começa com um pouco de política, educação, planos para um futuro próximo e, quando nem se percebe, a conversa então passageira lhe parece a coisa mais importante do universo, a ponto de não mais reparar em quem a sua frente passa.
Através destas conversas você descobre que ela tem gostos semelhantes aos seus, vontades e desejos que parecem ser os seus, de tão iguais que são. A preferência musical combina; ela adora aquele livro que você não vê a hora de começar e o último filme por ela visto está na lista dos seus dez mais.
Na hora, você talvez ainda não saiba, não tenha se dado conta de que através daquela conversa para passar o tempo, você irá querer mudar o mundo de lugar, só para que a sua vida tenha o máximo de tempo para conversar com aquela interlocutora. É a mais doce inversão irônica.
E tem mais: o sinal crucial, aquele que até amedronta por tamanha espontaneidade que carrega: quando os diálogos caminham para assuntos que giram em torno de: "Gostaria de conhecer aquele lugar", aí ela acho isso o máximo e revela que já andou pesquisando sobre o local. É minha cara, nessa hora você inevitavelmente sorri , seu coração acelera e você se obriga a fazer um imenso esforço para não estragar tudo e dizendo, afobada, algo como: - "Poxa, vamos juntos então"! Nessa hora você quer que a conversa pause e se prolongue pelos próximos dias e por outros tempos mais extensos, porque agora você quer os beijos, naturais e inevitáveis.
São as semelhanças que atraem, que confortam, que lhe proporcionam segurança. Que instigam a pensar em momentos sublimes para ambos. É a maravilhosa experiência em ser personagem e não mero acompanhante.
sábado, 14 de setembro de 2013
Quase tudo são flores, mas nem tudo
A música sempre influenciou minha vida, mesmo não tendo o dom algum para cantar ou tocar, apenas para ouvir, sempre com o coração. Mas mais que a melodia, sinto-a através da poesia das letras.
A cada fase da vida, elas me soam diferentes, algumas com intensidade a ponto de encorajarem a transcrever minhas sensações. Pode ser diferente do intuito de Samuel Rosa, mas a mim, a música "Formato Mínimo" (Skank), transmite uma ideia semelhante a estória desordenada abaixo:
Quase tudo são flores, mas nem tudo
E o que se queria ver transformado em imensos jardins, nem sequer germinou.
Não era uma cobrança, nem um sentimento egoísta, possesivo, pelo contrário era um dos mais belos. Era apenas um "querer-perto", sincero e inocente, unilateralmente imaginado; frustrado. Os sorrisos futuros, já sentidos, tornaram-se lágrimas; decepção em seu formato máximo.
Era uma carência melancólica, dificilmente explicável. Era o desejo da concretização de um desejo sublime, de uma vontade, que imaginava-se mútua, mas que não era. Se era, faltou a sintonia. Ou talvez a falta da sintonia fora utilizada apenas para "eufemizar" aquilo que por ele nunca fora sentido.
Ela só queria a flor, aquela que ninguém compraria, a roubada do quintal alheio, mas que seria a mais linda se posta atrás da orelha pelas mães de quem se imaginava. Ela só queria o beijo, na testa, que externalizasse o carinho e proteção, aquela que só ela esteve disposta a permitir que fluísse.
Mas não ocorreu, não desta vez.
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Adoçando a língua

Os gramáticos tradicionalistas condenam a flexão no plural dos substantivos abstratos saudade, ciúme e felicidade, por (des)entenderem que tratam-se de palavras que exprimem “noção abstrata”, sendo portanto, enumeráveis. Eu, reles romântica, com pouco conhecimento sobre a gramática e, menos ainda, respaldo ou credibilidade científica, ouso discordar eternamente deles, com tamanha petulância, ao ponto de chamá-los de insensíveis.
Imagino que tenho reais motivos para acreditar em mim mesma, visto que sei o que é sentir as doces saudades e felicidades. Por senti-las, entendo perfeitamente que sua verdadeira essência encontra-se justamente em sua pluralidade, ou melhor, a dois.
Poucas coisas são tão boas como saudades sinceras, mútua. Que delícia! A troca de carinho, ouvir: "saudades de você!" Talvez melhor que isso são as felicidades a dois, em que inclui-se tudo, e mais um pouco. Aquela tarde preguiçosa, em que nada se faz, em que necessitamos apenas da companhia um do outro, poucas palavras, alguns risos e todas as felicidades, sentidas, imaginadas e futuras.
Juntos com estes dois substantivos, que nesse florido e romântico jardim semântico passo a considerar como adjetivos; qualidade das pessoas de bem, cabe também, sendo bem dosado e controlado, muito bem-vindo, o ciúmes. Ele que é a exteriorização do "eu gosto de você, e quero só para mim", do medo de não mais ter quem tanto se gosta. Só os agraciados pela saudades e felicidades conseguem sentir e gostar do ciúmes. Como eu gosto...
Mas isto tudo não extrapola uma simples, porém apaixonada, opinião, da qual faço questão em repetir: jamais tentarei mudar.
Afronta ainda maior a todos os românticos que, felizmente, não se envergonham dessa bela característica, é considerar o verbo amar como verbo intransitivo. Enraiveço-me ao lembrar das análises sintáticas, que me obrigavam a assim enquadrá-lo. É claro, evidente e tão cristalino que o verbo AMAR necessita de complemento, ninguém é feliz só, sem aquele(a) que te faz sorrir e chorar; te faz viva; te faz sentir; te complementa.
Gente que me coloca, com placar próximo de 1000 a zero, no "chinelo" como Tom Jobim, já sabiamente profetizava: "...Fundamental é mesmo o amor. É impossível ser feliz sozinho..."

quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Médicos Cubanos, precisamos de vocês
Ainda quando criança, antes mesmo de descobrir que a saúde pública brasileira era caótica, ouvia falar que a medicina em Cuba era considerada uma das melhores do mundo, ainda hoje essa característica parece não ter sido alterada nem mitigada no país caribenho.
Meses antes da polêmica cogitação da vinda dos médicos estrangeiros ao Brasil, através do programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde, consulto-me com um médico cubano. E a razão? Porque considero-o melhor que os brasileiros que atuam no mesmo ramo dele em minha cidade. Ou seja, preocupada com minha saúde e bem-estar, assim escolhi, sem receio e sem temor algum. Sensação diferente teria eu, caso fosse paciente de um médico brasileiro que tenha cursado a graduação em meio a farras e descompromisso e não precisou "validar" seu diploma para atuar. É sabido que esta não é uma prática generalizada, mas infelizmente ocorre.
Não culpo os médicos brasileiros por não quererem trabalhar em lugares onde eu também não gostaria de morar. O Brasil é capitalista e democrático, podemos escolher o que nos convém. Mas, se ao tempo em que reclama-se da falta de médicos e apela-se ao deslocamento destes, não se obtendo resultados, o desdobramento é lógico e de ótimo gosto: que venham os cubanos, que atuarão não em capitais turísticas como o Rio de Janeiro, mas em cerca de cem municípios rejeitados pelos médicos brasileiros, principalmente em nossa região e no Nordeste, recebendo cerca de R$ 3.000,00, quantia que julgam ser suficiente, visto que os restante ficará com o governo socialista cubano. A maior dificuldade neste processo é entender o porquê da grande repulsa dos médicos brasileiros, que em alguns casos, apresenta-se com grande carga preconceituosa.
Para os médicos cubanos, que já trabalharam em países como Haiti, Honduras, Venezuela e Paquistão e que tiveram de suportar a rigorosa educação de seu país para formarem-se, estudar e aprender sobre saúde pública e língua portuguesa certamente não será nenhuma tarefa árdua.
A carência na medicina brasileira está atrelada a uma infinidade de fatores, sendo um ramo bastante elitizado e inacessível a grande parte da população brasileira. Ao tentarmos analisá-la, chegaremos a considerá-la como fruto de nossa colonização histórica, mas isso é amplo demais, será eterna discussão tanto em teses de doutorado quanto em mesas de bar. Não sou "Dilmista" mas essa tentativa de aliviar o caos na saúde de nosso país parece ser extremamente benéfica. Torçamos pelos bons resultados.
domingo, 17 de fevereiro de 2013
PRIMEIRO ENCONTRO
Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,
são eternos como é a natureza.
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,
são eternos como é a natureza.
(Pablo Neruda)
Nada tão bom como início de
romance. A empolgação típica, a curiosidade e a vontade de mais, muito mais. Quanto
aos meus “candidatos empossados”, percebo que com o passar dos anos fiquei mais
seletiva e um tanto aventureira nas “eleições”, porém o a sensação mágica após
o primeiro encontro não mudou, o friozinho na barriga continua o mesmo, ou
melhor. É bom, gostoso e saudável permitir apaixonar-se, sempre e novamente,
por outros e novos, sem nos desligar dos antigos, afinal, nada melhor que um
"flash back", não?!
A minha mais recente paixão se
deu neste mês de fevereiro, pelo falecido poeta chileno Pablo Neruda, cuja beleza dos versos cativou-me. É ele o grande responsável
por desviar-me dos adoráveis e entusiasmantes estudos sobre os Direitos: Penal
e Constitucional, além do delicioso Processual Penal, obstáculos básicos que
necessito para atingir meus objetivos. Mas a paixão é sempre maior, que bom, e
nesse caso, não causa arrependimento.
O primeiro encontro com Neruda
foi teatral, em Fulgor e Morte De Joaquín Murieta, o “Robin Hood do El Dourado”, um relato do
dito bandido chileno e sua saga em busca de ouro na Califórnia, gostei,
empolgou, penso em marcar novos encontros, talvez com Cem Sonetos de Amor.
“À
Califórnia, senhores,
me vou, me vou,
se melhora minha sorte,
já sabes aonde estou.
Se
eu topo com a morte,
chileno sou.
À Califórnia, senhores,
Me vou, me vou.” (Página 63)
O ocupante clássico de minhas
horas de prazer nos últimos meses vinha sendo Gabriel Garcia Marquez, na verdade acho que ele ainda é, e sempre
será minha grande paixão. Meu primeiro encontro como esse colombiano foi lindo:
atração à primeira lida, em Macondo, palco do Prêmio Nobel de Literatura com Cem
Anos de Solidão. Só não digo que se assemelhava à paixonite de
adolescente porque ainda era uma, li enquanto estava no início da faculdade,
desde então sempre faço questão de reviver o romance em outras obras. O encontro
mais recente fora em Do Amor e
Outros Demônios. E foi muito bom, como sempre é.
Mas mulher apaixonada é sempre
boba, nos deixamos levar por quaisquer bons papos, palavras, poesias e
narrativas. Minhas maiores paixões acontecem na América Latina, por escritores inteligentes
e sensíveis, cujas narrativas têm como palco e inspirações a própria história política
e cultural desse pedaço do continente, com apaixonantes lutas, que me orgulham
ser latina, brasileira.
domingo, 20 de janeiro de 2013
A surpresa da 43
Do Rio Grande do Sul me
orgulham inúmeras particularidades e pessoas. Terras de Humberto Gessinger,
Mário Quintana, Luis e Érico Veríssimo, entre outros por quem encho a boca ao
chamar de conterrâneos. Terra da nostalgia, com cheiro de infância feliz e gosto
de deliciosas lembranças. Com intuito de reviver momentos e visitar pessoas que
muito contribuíram para isto, fiz o que para qualquer morador de Rondônia seria
absolutamente comum: percorrer pouco mais de 700 quilômetros, partindo de
Florianópolis, Santa Catarina, rumo a São Paulo das Missões, minha pequenina cidade
natal.
Mas não foi nada comum.
A primeira e mais cômoda opção, o avião,
foi logo descartada, isso porque o Rio Grande do Sul, um dos estados mais
desenvolvidos do Brasil possui uma das piores estruturas aeroportuárias. Então,
hora de ir à rodoviária, encarar um ônibus e, submeter-me a questionáveis e
aparentes injustas concessões e monopólios, já que apenas uma empresa opera no
trecho entre a querida "Floripa" até o noroeste do Rio Grande Sul, com um único horário
diário. Sem saída, embarquei. Passadas algumas horas, tive a certeza de que
havia pegado o ônibus errado, estava próximo de Curitiba, no Paraná. Pasmem! O ônibus
era o correto. Esta é a revoltante e única rota, que lentamente parava de
rodoviária em rodoviária, nas inúmeras e minúsculas cidadezinhas sulistas,
percorrendo muitos quilômetros mais que os necessários.
Contudo, cheguei. Embora
indignada com tamanha demora e dificuldade. Abraços, comilanças, saudades e
lembranças compartilhadas; hora de dar sequência ao itinerário. O próximo destino fora Jaguari, cidade localizada
no centro do estado, próximo a Santa Maria. O trecho com menos de 200
quilômetros conta com três conexões de ônibus e direito a esperas nas
rodoviárias. Para minha mochila e eu, que já estávamos “vacinadas” no assunto,
um dia inteiro para chegar ao destino seria tranquilo.
Era início de
fevereiro. A temperatura, para desgosto dos que por lá passeavam, não baixava
da casa dos 40 graus. Minha intenção naquela cidade era puramente visitar e receber mimos por ser a querida e predileta afiliada de
minha adorável madrinha, que mora na zona rural,
em uma distante linha chamada Veado Branco. O combinado com ela era de, ao
chegar a Jaguari, onde celulares não funcionavam, nos encontraríamos na rodoviária
da cidade. Desencontro! Ela não estava
lá. No princípio do desespero, liguei para minha eterna guru, a mamãe. Ela que sempre
tem as melhores soluções para tudo, me orientou a pegar o primeiro ônibus que
fosse à linha e nele, educadamente explicar minha situação, confiando que
alguém saberia o exato local da residência de madrinha, usando como referência
o nome de seu esposo, que é político conhecido por aquelas redondezas.
Sábia mamãe, todos
sabiam. Comprada a passagem na poltrona
de número 43, hora de embarcar. O ônibus era antigo, muito velho, lotado por
passageiros aposentados que provavelmente teriam ido à cidade para sacarem a
aposentadoria. Gente de simplicidade cativante, gaúchos interioranos e a moça
atípica, com enormes óculos e blusa com laço e detalhe à “oncinha”. Os olhares
curiosos sobre mim rapidamente somaram-se aos risos, quando surpresa, notei que
a poltrona de número de 43 ficava no corredor, em pé. O ônibus possuía apenas
40 lugares.
Em mais de uma hora de
viagem por estreitas e esburacadas estradas, criara-se grande intimidade entre passageiros
jaguarienses e turista. O caminho tornou-se curto para tantas prosas e “causos”
à la gauches, afinal pessoa que vive em meio a sucuris e onças, naquele lugar, certamente
demoraria a por lá aparecer.
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