quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Um desejo, uma vontade...

                    Submergida em silêncio e lembranças, coberta de melancolia e cansaço. Como um “start”, veio-me a súbita vontade de ser criança. De ter a inocência como amparo às chateações, maldades e tristezas. Recordo-me com sorriso estrambólico de minha infância maravilhosa; de quando acreditava que todas as pessoas eram boas e só os bandidos poderiam nos fazer mal.
                  De quando não me prendia a computador nem celular e só assistia ao desenho “Ursinhos carinhosos”. De quando quase morria duas ou três vezes ao dia, brincando em árvores, rios, montes de soja, serragens e singularidades que somente as casas de meus avós no interior do Rio Grande do Sul possuíam.
              De quando a responsabilidade sobre a vida não é o fator determinante para seu estado de humor e, a única coisa que parecia abalar-me era a dor de barriga que “ já já passa” com o remedinho da mamãe. De quando se pensava que amores são só

e somente alegrias sem fim, de que nosso destino está pronto e seremos felizes de qualquer forma, sem procurar ou nos abalarmos por isso... Oh, saudades!