domingo, 3 de abril de 2011

Uma carta a mim mesma

Vilhena, 03 de abril de 2011.

À jornalista formada e ainda desempregada!
Reflexões momentâneas e incertas.

            Termina-se uma faculdade: um sonho, um alívio, uma luta findada! Fotos e parabenizações. Percebemos que vencemos com glória e alegria um obstáculo, para imediatamente entrar em outro ainda mais desesperador e inevitável: a busca pelo emprego. E um bom, bastante rentável, logicamente.
            Torna-se automático: acaba-se a fase das festas e curtições despreocupadas, do adiamento do futuro incerto; da incógnita de como adquirir nosso carro, de como sustentar nossos futuros filhos e dar boa educação a eles, para só pensarmos unicamente em: preciso de dinheiro!
            Percebemos que todos os ideais caem por água a baixo. Sim, somos extremamente capitalistas. Che e Marx não pagarão nossos carros nem as tinturas de cabelos, muito menos as viagens de final de ano. Me recordo da frase de uma bela e sábia música dos "Engenheiros do Havaii: "Ah...vida real!..."
            Conflitos me dominam. Para onde correr? Estudar? Distribuir currículos? Ou deixar a vida se auto direcionar?
           Um pouco de positivismo nisso tudo: é só mais uma fase, e como todas as outras, passará.
Assim esperamos.